AVATAR: Efeito (e enredo) especial
Há quem evite assistir filmes de ficção-científica por não conseguir se identificar com o enredo, personagens, ambiente da história. Em contraposição, muitos são apreciadores do gênero exatamente por ele oferecer uma válvula de escape para além da realidade cotidiana. Para qualquer um dos dois tipos de público, Avatar é uma ótima produção.
O filme traz a boa e velha dicotomia cinematográfica do bem contra o mal? Sim. Como todo sci-fi se passa no futuro? Sim. A história se desenrola num ambiente de guerra? Sim. Porém, diferentemente de muitos do mesmo gênero, Avatar traz várias mensagens de valor.
Além de uma produção espetacular, cheia de criações originais e minuciosamente elaboradas, o filme de James Cameron nos transporta para um mundo onde podemos visualizar em menor tempo e mais nitidamente os problemas pelos quais o nosso próprio planeta vem passando ao longo de muitos anos, que é a deterioração de nosso meio-ambiente, sendo meio-ambiente não só a natureza, mas o nosso ethos, nossa mentalidade. O filme nos põe no ângulo de visão do antropólogo, nos dá, por meio da fantasia, a chance de enxergar nosso próprio poder de destruição, a banalidade da ambição desmedida, o horror da violência.
O filme revela um mundo onde a maior riqueza de seus seres é a mãe natureza, uma força onipresente e plena, com a qual a espécie nativa interage harmoniosamente, seguindo e respeitando o ciclo de vida. Uma sabedoria há muito esquecida e perdida no planeta Terra. No planeta dos seres longilíneos, de traços felinos e pele azulada, não há exploração da natureza, há convívio. Tanto que daí se forma a crítica existente na guinada do personagem principal para um genoma diferente do humano, demonstrando que muito além da espécie, os seres devem se agregar em nome de uma consciência comum.
Em tempos de insucesso nos acordos ambientais internacionais, Avatar é basicamente pedagógico. Em tempos de produções cinematográficas vazias, onde a estética aparece desamparada de conteúdo, Avatar é um resgate de esperança.
Por Maricy Ferrazzo
Imagem: io9.com
O filme traz a boa e velha dicotomia cinematográfica do bem contra o mal? Sim. Como todo sci-fi se passa no futuro? Sim. A história se desenrola num ambiente de guerra? Sim. Porém, diferentemente de muitos do mesmo gênero, Avatar traz várias mensagens de valor.
Além de uma produção espetacular, cheia de criações originais e minuciosamente elaboradas, o filme de James Cameron nos transporta para um mundo onde podemos visualizar em menor tempo e mais nitidamente os problemas pelos quais o nosso próprio planeta vem passando ao longo de muitos anos, que é a deterioração de nosso meio-ambiente, sendo meio-ambiente não só a natureza, mas o nosso ethos, nossa mentalidade. O filme nos põe no ângulo de visão do antropólogo, nos dá, por meio da fantasia, a chance de enxergar nosso próprio poder de destruição, a banalidade da ambição desmedida, o horror da violência.
O filme revela um mundo onde a maior riqueza de seus seres é a mãe natureza, uma força onipresente e plena, com a qual a espécie nativa interage harmoniosamente, seguindo e respeitando o ciclo de vida. Uma sabedoria há muito esquecida e perdida no planeta Terra. No planeta dos seres longilíneos, de traços felinos e pele azulada, não há exploração da natureza, há convívio. Tanto que daí se forma a crítica existente na guinada do personagem principal para um genoma diferente do humano, demonstrando que muito além da espécie, os seres devem se agregar em nome de uma consciência comum.
Em tempos de insucesso nos acordos ambientais internacionais, Avatar é basicamente pedagógico. Em tempos de produções cinematográficas vazias, onde a estética aparece desamparada de conteúdo, Avatar é um resgate de esperança.
Por Maricy Ferrazzo
Imagem: io9.com
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